Segunda, 23 de Junho de 2025
O Brasil conta com 32 universidades listadas na edição 2026 do QS World University Ranking, divulgado na quinta-feira (19). O levantamento avaliou 1.501 instituições de ensino superior em 106 países, com base em critérios como reputação acadêmica, impacto de egressos, presença de estudantes internacionais, empregabilidade, sustentabilidade e qualidade da pesquisa.
A Universidade de São Paulo (USP) manteve a liderança entre as brasileiras, embora tenha caído da 92ª posição no ano passado para a 108ª colocação neste ano. Em 2023, a instituição estava no 85º lugar. Ainda assim, a USP melhorou sua pontuação geral, que subiu de 61,6 para 67,3. Entre os nove critérios analisados, obteve avanço em sete deles.
A universidade paulista se destacou em quatro indicadores ao figurar entre as 100 melhores do mundo: ficou em 31º lugar em impacto de egressos, 40º em reputação acadêmica, 70º em sustentabilidade e 76º em rede internacional de pesquisa. Em sustentabilidade e rede internacional, a USP obteve a melhor classificação entre todas as universidades da América Latina.
Outras brasileiras que aparecem no ranking incluem a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que ocupa a 233ª posição geral, seguida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 317ª colocação. Em quarto lugar entre as instituições nacionais está a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), que ficou na 450ª posição, e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), que aparece em 571º lugar.
Além da PUC-RJ, a única instituição particular brasileira que integra a lista é a Universidade Presbiteriana Mackenzie, que ocupa a 1.350ª colocação.
Nenhuma universidade da região do ABC paulista foi classificada. Já no cenário latino-americano, a Universidade de Buenos Aires (UBA) é a única entre as 100 melhores do mundo, figurando na 84ª posição com pontuação de 72,3.
O ranking internacional considera a reputação acadêmica como o critério de maior peso, com 30% na composição da nota final. O Brasil, porém, teve uma queda de 25% nesse quesito em relação à edição anterior. Apesar disso, continua sendo o país latino-americano com o maior número de universidades entre as 500 melhores do mundo.
“As universidades brasileiras, assim como a região latino-americana de forma mais ampla, enfrentam desafios nesta edição, principalmente em áreas como pesquisa e atração de talentos globais”, afirmou o vice-presidente sênior da QS, Bem Sowter.
Na liderança global, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) manteve a primeira posição. Em seguida, aparecem Imperial College London, Stanford University, University of Oxford e Harvard University. O top 10 é completado por University of Cambridge, ETH Zurique, National University of Singapore (NUS), University College London (UCL) e California Institute of Technology (Caltech).