Treinamento Avançado em APH Tático Capacita Policiais do MS

Entre os dias 4 e 6 de novembro, policiais civis do Mato Grosso do Sul participaram de um treinamento intensivo em Atendimento Pré-Hospitalar Tático. Promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, o curso ocorreu no Centro de Ensino, Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (CEFAP). O treinamento foi projetado para preparar os participantes a intervir em operações de alto risco, em situações de confronto e ambientes hostis. Policiais de diferentes delegacias, como o Gabinete da Delegacia-Geral da Polícia Civil (DGPC), a Delegacia Especializada de Repressão aos Roubos e Furtos (DEFURV), Delegacia Especializada de Repressão de Crimes Rurais e Abigeato (DELEAGRO) e a Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON), integraram o curso. Entre os tópicos abordados estavam o reconhecimento de ambientes e ameaças, operação em condições de visibilidade limitada e a manutenção da disciplina tática de luz e som. Técnicas para movimentação segura, como redução de silhueta e uso de abrigos, também foram enfatizadas. O treinamento destacou ainda o cuidado com equipamentos limitados e o tratamento de ferimentos evitáveis, como o uso de torniquetes para controle de hemorragias. O Atendimento Pré-Hospitalar Tático se diferencia do civil pela necessidade de atuar em meio a riscos como tiroteios e perseguições. As técnicas ensinadas visam garantir a segurança da equipe e da vítima, aplicadas em resgates durante condições críticas. Outro ponto central foi a coordenação entre equipes de especialidades diversas. Policiais Civis, Policiais Militares e Bombeiros Militares trabalharam juntos, simulando a integração necessária em cenários reais onde profissionais podem colaborar pela primeira vez, utilizando protocolos comuns de salvamento. Willian Forti, investigador do DGPC, destacou a importância de tal capacitação contínua, afirmando que, mesmo não sendo frequente, o domínio de protocolos pode ser crucial em emergências quando a segurança impede um rápido atendimento hospitalar. "A qualificação permite uma resposta eficiente em missões de alto risco, fortalecendo a proteção tanto da vida dos agentes quanto da comunidade sul-mato-grossense", afirmou.