Policiais civis da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos – DERF realizaram complexa investigação de grupo criminoso apontado como suspeito de roubo qualificado pelo resultado morte (latrocínio) na modalidade tentada, contra um casal de idosos, no bairro Iracy Coelho em junho deste ano. Na ocasião foi apurado que três indivíduos invadiram a residência, com informações de que no local havia dinheiro e carros de alto valor, contudo, em dado momento um dos criminosos efetuou disparos de arma de fogo contra uma das vítimas, um homem de 72 anos, atingindo no rosto e no tórax.
A DERF passou a investigar o crime e conseguiu identificar o veículo utilizado pelos criminosos e a residência onde tudo foi planejado e que serviu para guardarem armas, veículos e drogas. A casa pertencia a uma mulher de 25 anos, que participou ativamente da ação, bem como é suspeita de diversos outros delitos praticados para uma facção criminosa.
Também foram identificados os outros três componentes do grupo, consistindo no motorista e os outros dois que ingressaram no imóvel armados.
A investigação apontou que F.S.A.M. (26) dirigiu o veículo, enquanto H.H.G.C.S. (27) e A.D.O. (22) entraram na casa e renderam o casal de idosos, agindo com extrema violência. Além de ambos terem sido espancados com um cassetete, o idoso, em um ato de desespero para salvar sua esposa, acabou tentando reagir às agressões e ameaças que sofria, momento que A.D.O. disparou duas vezes, atingindo seu rosto e seu tórax.
A vítima ficou em coma por sete dias e internado por mais de 30 dias na Santa Casa de Campo Grande, até a alta médica.
Os criminosos fugiram com certa quantia em dinheiro encontrada na casa.
PRISÕES
Ainda no mês de junho, policiais da DERF localizaram F.S.A.M. na cidade de Ribas do Rio Pardo, onde estava escondido desde o dia do roubo. Ele foi detido por conta de um mandado de prisão que ostentava por roubo. Já B.S.R.N. foi presa por policiais da DERF, cerca de 15 dias após o fato, em flagrante por tráfico de drogas, mas solta na audiência de custódia.
Os demais membros do bando fugiram, sendo que mais de 30 dias após o fato H.H.G.C.S. se apresentou com advogado na Especializada, sendo indiciado e liberado, enquanto A.D.O. seguia foragido.
Dessa forma, a DERF desvendou toda trama criminosa e representou ao Poder Judiciário pela prisão dos quatro envolvidos no latrocínio. Após deferimento da justiça, novas diligências foram realizadas para localizar e prender todos envolvidos, resultando na prisão de H.H.G.C.S. em um condomínio no bairro Tijuca e de B.S.R.N. em sua residência no Parque Lageado, ambos no dia 27 de setembro. Com relação a F.S.A.M., no dia 30 de setembro foi dado cumprimento ao mandado de prisão no interior do presídio que já cumpria pena.
Após intensa investigação foi possível encontrar A.D.O. na cidade de Aparecida do Taboado, onde se escondia da justiça paulista, pois havia contra si um mandado de prisão por condenação definitiva transitada em julgado pelo crime de roubo majorado pela restrição da liberdade.
Policiais da DERF ao tentarem cumprir o referido mandado e com intuito de indiciar A.D.O. no crime apurado, aproximaram-se da residência, mas o indivíduo percebeu e tentou fugir da abordagem jogando sua motocicleta, em pleno funcionamento, contra viatura policial e ainda ofereceu resistência armada, sendo necessário repelir a ameaça, ocasião que o foragido foi alvejado.
Uma equipe policial resgatou o indivíduo ao hospital local, onde chegou com vida, foi reanimado, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.
Ele era conhecido por praticar roubos que eram ordenados de dentro das cadeias, vez que era faccionado.
Além de ter passagens no estado de São Paulo, por tráfico e roubo qualificado, ainda acumulava passagens por roubo na cidade de Três Lagoas, onde roubou uma joalheria em 2023. Em Campo Grande praticou dois roubos, sendo neste último o latrocínio investigado.
por Carlos Eduardo Orácio
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