Um ônibus da linha 054 – T. Bandeirantes / Shopping Campo Grande quebrou, na manhã desta quinta-feira (13), em frente à Câmara Municipal de Campo Grande, justamente no momento em que os vereadores aguardam o parecer sobre a constitucionalidade de uma CPI para investigar o Consórcio Guaicurus. O veículo ficou parado próximo a uma faixa elevada que dá acesso ao prédio da casa legislativa, gerando cenas que muitos consideraram irônicas.
O incidente não é isolado. Nesta sexta-feira (14), dois ônibus apresentaram problemas durante o horário de pico. Um deles, da linha 114 – Paulo Coelho Machado / Centro, quebrou por volta das 07h05 na Rua Jauna, após o motorista informar que a embreagem havia estourado. Os passageiros foram obrigados a descer e esperar cerca de 20 minutos por outro ônibus, que também estava lotado.
Já o outro ônibus, da linha 061 – T. Moreninhas / Shopping Campo Grande, nem chegou a sair do Terminal Morenão. Os passageiros embarcaram por volta das 06h35, mas o veículo não partiu. Minutos depois, o motorista anunciou que todos teriam que descer devido a uma falha mecânica.
Disputa política por CPI
Enquanto os problemas no transporte público se repetem, os vereadores de Campo Grande travam uma disputa nos bastidores para liderar a CPI que investigará o Consórcio Guaicurus. O vereador Júnior Coringa (MDB) afirmou ter ficado “surpreso” com a apresentação de um segundo pedido de CPI, proposto pelo vereador Lívio Leite, o Dr. Lívio (União Brasil). Curiosamente, Coringa foi um dos 15 parlamentares que assinaram o requerimento de Dr. Lívio, que amplia a investigação para incluir a prefeitura.
Coringa, que havia apresentado o primeiro pedido de CPI com o apoio de 13 vereadores, pediu ao presidente da Câmara, Papy (PSDB), que homologasse sua proposta e declarasse a de Dr. Lívio como prejudicada. A aprovação de um dos requerimentos definirá quem comandará a CPI, um cargo de grande relevância, considerando o poder econômico e político do Consórcio Guaicurus, controlado há décadas pela família Constantino.
A situação expõe não apenas as falhas no transporte público, mas também as tensões políticas que envolvem a investigação de um dos grupos mais influentes da capital sul-mato-grossense.
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