
Um autônomo teve sua máquina perfuratriz retida indevidamente por um contratante em uma propriedade em Campo Grande, após um desentendimento sobre a execução de um serviço de perfuração de poço. O caso, que também envolve a apropriação do equipamento e ameaças, foi registrado em 21 de novembro de 2025, na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC) Centro, por uma advogada que representa a vítima.
De acordo com o boletim de ocorrência, o serviço foi acordado verbalmente em 15 de setembro de 2025. A vítima foi contratada para perfurar um poço de 50 metros de profundidade, com um valor total de 12.500 reais, dos quais 5.000 reais foram pagos como entrada pelo contratante.
Após concluir a perfuração dos 50 metros iniciais, não foi encontrada água. O contratante, então, teria exigido que a vítima perfurasse outros 50 metros em uma nova área da propriedade, mas sem oferecer qualquer adicional ao valor acordado. Diante da recusa do autônomo em continuar o trabalho sem um novo acerto, ele tentou retirar sua máquina do local.
Contudo, o contratante impediu a remoção do equipamento, o reteve em sua propriedade e não efetuou o pagamento do restante do valor devido pelo serviço já realizado. A advogada da vítima relatou à polícia que o indivíduo chegou a anunciar a máquina para venda e estaria depredando-a, tendo inclusive já vendido os pneus e outras peças.
A máquina perfuratriz, segundo a representante legal, é avaliada em 150.000 reais, mas estaria sendo anunciada pelo valor de 5.000 reais pelo contratante. Além da retenção e depreciação do bem, a vítima também relatou ter recebido ameaças diretas.
“Se aparecer alguém irmão já era”, disse o contratante, conforme relatado pela advogada da vítima.
A vítima, que se sentiu ameaçada, manifestou o desejo de representar criminalmente contra o autor dos fatos. Embora o acordo de prestação de serviços não tenha sido formalizado por escrito, sendo apenas verbal, a advogada procurou a DEPAC Centro para registrar a ocorrência.
O boletim de ocorrência foi registrado às 10h46 em 21 de novembro de 2025, para que as devidas providências legais sejam tomadas. O caso está sob investigação da Polícia Civil, que deverá apurar as circunstâncias da apropriação indébita e das ameaças, e tomar as ações cabíveis.