Máquina perfuratriz é retida e depredada após desentendimento em Campo Grande

Autônomo é impedido de retirar equipamento avaliado em 150 mil reais e recebe ameaças; caso foi registrado na DEPAC Centro.

22/11/2025 às 08:40
Por: Redação

Um autônomo teve sua máquina perfuratriz retida indevidamente por um contratante em uma propriedade em Campo Grande, após um desentendimento sobre a execução de um serviço de perfuração de poço. O caso, que também envolve a apropriação do equipamento e ameaças, foi registrado em 21 de novembro de 2025, na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC) Centro, por uma advogada que representa a vítima.

 

De acordo com o boletim de ocorrência, o serviço foi acordado verbalmente em 15 de setembro de 2025. A vítima foi contratada para perfurar um poço de 50 metros de profundidade, com um valor total de 12.500 reais, dos quais 5.000 reais foram pagos como entrada pelo contratante.

 

Desentendimento e retenção

 

Após concluir a perfuração dos 50 metros iniciais, não foi encontrada água. O contratante, então, teria exigido que a vítima perfurasse outros 50 metros em uma nova área da propriedade, mas sem oferecer qualquer adicional ao valor acordado. Diante da recusa do autônomo em continuar o trabalho sem um novo acerto, ele tentou retirar sua máquina do local.

 

Contudo, o contratante impediu a remoção do equipamento, o reteve em sua propriedade e não efetuou o pagamento do restante do valor devido pelo serviço já realizado. A advogada da vítima relatou à polícia que o indivíduo chegou a anunciar a máquina para venda e estaria depredando-a, tendo inclusive já vendido os pneus e outras peças.

 

A máquina perfuratriz, segundo a representante legal, é avaliada em 150.000 reais, mas estaria sendo anunciada pelo valor de 5.000 reais pelo contratante. Além da retenção e depreciação do bem, a vítima também relatou ter recebido ameaças diretas.

 

“Se aparecer alguém irmão já era”, disse o contratante, conforme relatado pela advogada da vítima.


A vítima, que se sentiu ameaçada, manifestou o desejo de representar criminalmente contra o autor dos fatos. Embora o acordo de prestação de serviços não tenha sido formalizado por escrito, sendo apenas verbal, a advogada procurou a DEPAC Centro para registrar a ocorrência.

 

O boletim de ocorrência foi registrado às 10h46 em 21 de novembro de 2025, para que as devidas providências legais sejam tomadas. O caso está sob investigação da Polícia Civil, que deverá apurar as circunstâncias da apropriação indébita e das ameaças, e tomar as ações cabíveis.

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